OPINIÃO: Vai ter festa?
Deparando-me com comentários pedindo festa, no nosso caso o ARAIÁ SÁ, e por isso comentaremos sobre, mesmo ainda sem informação oficial da gestão Regina se teremos ou não esse ano nosso araiá. Nas últimas semanas a prefeitura divulgou o cancelamento do benefício fornecido aos trabalhadores com a desculpa em ser cortes de gastos, assim supõe-se que uma gestão que faz tais cortes não possui verbas para promover festão grandiosas com bandas de péssima qualidade que cobram um absurdo e que são famosas por fazerem partes de esquemas de superfaturamento.
Houve recentemente a festa de encerramento dos festejos no distrito de Salão, com a data junina aproximando-se onde todas as cidades vizinhas já divulgaram suas respectivas festas com bandas pomposas, que hoje em dia são mais valorizadas que os próprios eventos em si. Encontrei comentários sobre o assunto nas redes sociais pedindo festa neste mês junino. Entretanto, esquecem o que realmente é uma festa junina, preocupados apenas com qual banda tocará, pouco importando-se com quanto será gasto para traze-la.
Portanto, com isso, vem a pergunta "Devemos ter festa junina?". A resposta é simples que até nossa prefeita conseguirá compreender sem esforços, pois com toda a certeza devemos ter nosso ARAIÁ SÁ, ou seja, nossa festa junina. Entretanto, necessitamos antes, entender o que é uma festa junina de verdade. Atualmente temos grandes e talentosas quadrilhas juninas já com repertórios prontos e com ensaios a todo o vapor, temos também grandes talentos musicais além da data nos permitir, sem grandes gastos, um espetáculo gastronômico, de beleza e de valorização a cultura popular sem precisar de grandes bandas sem qualidade musical. Uma festa popular, cultural e feita para o povo onde os gastos são razoáveis e baixos em comparação as festas grandiosas já feitas!
Em tempos onde uma gestão corta benefícios de trabalhadores honestos, qualquer um que abrir a boca e querer uma festa grandiosa sem valorização a data, cultura e história apenas para "encher o cu de cachaça" e se vangloriar não passa de um idiota. Precisamos e merecemos uma festa sim, mas de valorização a nossa cultura e talentos.
Vamos ver qual será a decisão da prefeita Regina e já que temos a secretária de cultura e turismo coordenada pela Mª do Livramento Araujo (Mary) certamente teremos ações voltadas a tal área, já que a secretaria funciona! E que nossos talentos sejam valorizados o ano inteiro, pois temos e muitos!
Feliz São João a todos!
Festa Junina:
Com a chegada dos portugueses, as festas, que já eram típicas na Europa,
também desembarcaram no Brasil e aos poucos foram se misturando com
elementos próprios do interior do país e das tradições sertanejas.
Comidas típicas, danças e enfeites utilizados nas festas de hoje são uma
junção de partes da cultura africana, europeia e indígena. Atualmente, há uma grande valorização das festas juninas na região Nordeste.
Como surgiram as festas juninas?
As festas juninas homenageiam três
santos católicos: Santo Antônio (no dia 13 de junho), São João Batista
(dia 24) e São Pedro (dia 29). No entanto, a origem das comemorações
nessa época do ano é anterior à era cristã. No hemisfério norte, várias
celebrações pagãs aconteciam durante o solstício de verão. Essa
importante data astronômica marca o dia mais longo e a noite mais curta
do ano, o que ocorre nos dias 21 ou 22 de junho no hemisfério norte.
Diversos povos da Antiguidade, como os celtas e os egípcios,
aproveitavam a ocasião para organizar rituais em que pediam fartura nas
colheitas. “Na Europa, os cultos à fertilidade em junho foram
reproduzidos até por volta do século 10. Como a igreja não conseguia
combatê-los, decidiu cristianizá-los, instituindo dias de homenagens aos
três santos no mesmo mês”, diz a antropóloga Lucia Helena Rangel, da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
O curioso é que os índios que habitavam o Brasil antes da
chegada dos portugueses também faziam importantes rituais durante o mês
de junho. Apesar de essa época marcar o início do inverno por aqui, eles
tinham várias celebrações ligadas à agricultura, com cantos, danças e
muita comida. Com a chegada dos jesuítas portugueses, os costumes
indígenas e o caráter religioso dos festejos juninos se fundiram. É por
isso que as festas tanto celebram santos católicos como oferecem uma
variedade de pratos feitos com alimentos típicos dos nativos. Já a
valorização da vida caipira nessas comemorações reflete a organização da
sociedade brasileira até meados do século 20, quando 70% da população
vivia no campo. Hoje, as grandes festas juninas se concentram no
Nordeste, com destaque para as cidades de Caruaru (PE) e Campina Grande
(PB).
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